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sábado, 20 de março de 2010

RAÍZES E ASAS

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Por José Luiz


Do BLOG:http://palavraseideais.blogspot.com/



Existe uma tênue fronteira entre a sanidade e o desvario. Muitos sonhadores que modificaram a história da humanidade foram chamados de loucos. Na verdade, foram incompreendidos. Às vezes esta linha quase invisível é o que separa o sonhador do tecnicista. O sonhador tem ares e fama de irresponsável por provocar a difusão de alucinados devaneios, para amparar as bases de projetos ambiciosos. Tem asas para alcançar os sonhos e raízes para concretizar os desejos. O comedido antagonista do sonhador vive travado por medos e repressões íntimas. A síndrome de Tomé teima em perturbar algumas mentes que são impedidas de sonhar porque só acreditam no que veem, não naquilo que habita o porvir. É uma pena, porque muitas destas pessoas são brilhantes e teriam muito a contribuir para a leveza do mundo, para a construção de um ambiente mais arejado, coberto de imaginação e boas idéias.


Tem coisa que deve continuar como está. Que algumas mudanças nem sempre são bem-vindas é ponto pacífico, mas esse argumento não pode ser impeditivo para o crescimento humano. Também é congruente afirmar que o mundo precisa urgentemente de alterações profundas. Esse jeito moroso e medroso de ver as coisas atrapalha a evolução do homem. Não devemos temer tanto a mudança, o novo, os desafios. As grandes transformações da humanidade começaram sempre por minúsculos grupos que ousaram a ponto de lançar novas propostas, novos conceitos que se tornariam paradigmas, tal sua força e vitalidade. Viver aprisionado na estação da vida, julgando-se vítima do destino, acondicionando-se às armadilhas da mesmice, não é uma proposta de vida das mais profícuas. Entreguemo-nos ao voo de nossas águias interiores que anseiam pelos cumes, por vezes acima das nuvens. Parafraseando Leonardo Boff, que muito nos ensina através de bucólicas parábolas, arrisco dizer que não devemos desperdiçar toda uma existência a ciscar no mesmo terreiro (sem interpretações maliciosas), trancafiados pelo medo, pela inércia, mas que criemos coragem para ir além, afinal fomos todos criados para este fim.


É isso aí!

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