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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quem me roubou de mim?




Autoria: Noemy Titan


Do Blog: http://nemtudoementira.blogspot.com.br/



Copiado daqui





Nem sempre fazer uma leitura da situação em que estamos passando é fácil , seja do aspecto profissional , financeiro e principalmente emocional . Falo isso , porque sempre que imaginamos doenças sérias, tragédias, acidentes, achamos que só acontecem com os vizinhos, nunca conosco.Imagine as doenças emocionais , estas então nunca vão morar na casa onde se vive.



No que vamos falar , não sei se podemos chamar de casa , na verdade é um cativeiro onde o outro se deixa enredar numa teia de sedução sem limite do parceiro que sempre parece bom em demasia , com grande boa vontade e cumpridor de suas promessas , como se fosse a tábua de salvação para as suas maiores necessidades , seja quais forem : dinheiro, , viagem, carência afetiva entre outras.



O problema é quando sem perceber o pacote de generosidade começa a ser cobrado , de forma elegante, sutil , sem que se perceba tão grande o requinte intelectual é feito. Tudo é tão bem feito e o outro que sofre na pele com isso não consegue sentir-se livre , nem pra fazer as coisas mais simples da vida e que nunca deixaria de fazer como : descer até a esquina para dar um mergulho na praia, encontrar os amigos , tomar um chope sozinho no balcão do bar ao lado de casa, conversar com o dono da banca de revista , discutir futebol com o amigo e assistir o jogo com ele , entre outras pequenas coisas



Parece que , uma nuvem de fumaça atrapalha sua visão e o suposto devedor começa a fazer aquilo que não faria nem junto , muito menos separado. Mas faz, pois sente-se culpado em relação ao outro , embora não saiba o motivo. E pior, ainda abre mão dos seus desejos em nome de acertar a relação com o outro , com quem sente-se sempre em débito.



Assisti uma reportagem em que baseio a minha crônica de uma psicanalista famosa chamada Silvia Malamud , o qual chama esse tipo de aprisionamento de : Sequestro da alma. E que consiste em nos perdermos, perder o direito de decidir sobre a nossa vida, perder a subjetividade em função do outro, viver dependentemente, no campo da própria alma ao outro. Esquecer de quem somos, da nossa totalidade e passamos a viver sem escolha, onde o outro suga ate mesmo nossa historia, nossa singularidade e nosso ser.



Tem um pedaço da letra da canção “Eu te darei o céu” do Roberto e Erasmo Carlos ,


que diz assim :


“ quanto tempo eu vivi a procurar, por você , meu bem

Até lhe encontrar . Mas se você pensar em me deixar .

Farei o impossível pra ficar.

Até...”



Nada mal pra o sequestrador , que não quer obter nenhuma vantagem material sobre o seu refém , mas sim a dependência emocional deste , que se não lutar e procurar realmente ajuda (amigos, família e principalmente terapia) não conseguirá fugir do cativeiro e poderá além da auto estima já destruída , efeitos devastadores em sua vida e para o resto dela.



Assim como diz Silvia Malumud :



“ Lembre-se que a vida é única e que estamos aqui para sermos felizes de verdade . Não se acostume com o que não lhe faz bem , tudo pode mudar pra melhor. Ouse e conquiste.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu realmente gostei do seu site. Excelente conteúdo. Por favor, continuem postando conteúdo tão profunda.